Quando a união faz a força: loja colaborativa é aposta promissora das novas economias

Conseguir um espaço para comercializar produtos nem sempre é fácil. Tem o aluguel do ponto, despesas com funcionários e gastos internos que podem dificultar a abertura do negócio. Diante desse empecilho, uma alternativa tem se destacado: as lojas colaborativas, modelo de negócio baseado no compartilhamento de custos entre empresas.

De acordo com o especialista em gestão estratégica, Glaucio Siqueira, as lojas colaborativas são muito vantajosas para empresários de pequenos empreendimentos. “Além do compartilhamento dos custos, a divulgação e comercialização dos serviços em um mesmo ambiente permite que aconteça uma fidelização do consumidor, contribuindo para a consolidação da marca”, explica.

O modelo de negócio compartilhado reúne produtos de diferentes segmentos, como artesanatos, roupas, presentes e acessórios de decoração em um mesmo ambiente. A união desses comerciantes de diferentes ramos possibilita para que o consumidor encontre diversos itens em um único local.

Glaucio comenta que esse protótipo está inserido dentro da economia criativa, que acontece quando a competição é deixada de lado e segue-se para o lado da colaboração. “É um mercado consciente e promissor para o atual momento que vivemos”, disse.

Artesanato
Foi embarcando na economia colaborativa que a artesã Nathália de Paulla tem conseguido gerenciar seu comércio de produtos artesanais junto com outros artistas. A comerciante inaugurou recentemente a segunda loja colaborativa na Grande Vitória. A primeira foi criada há apenas quatro meses.

De acordo com a empresária o empreendimento gera um aprendizado constante em muitas áreas: relação interpessoal, objetivos, negócios e o desafio de gerenciar esse modelo compartilhado. Além da missão de vender um produto feito a mão. “É um equilíbrio que a gente tem que desenvolver para guiar um barco com tanta gente diferente. Já em relação à economia, é uma oportunidade única para todo e qualquer artista. As redes sociais vendem, os sites vendem, mas ainda temos um público que gosta de ir à loja, pegar, analisar detalhes, discutir com o artesão. E como o artesanal não é devidamente valorizado, é muito raro um artista poder sobreviver e ter a sua própria loja”, disse.

Nathália comenta que, em resumo, esse tipo de negócio possibilita ter os mesmos benefícios de um lojista solo, mas sem o alto investimento. “Eu creio que o futuro da economia criativa está nas lojas colaborativas assim como nos eventos itinerantes que agora crescem ainda mais”, finaliza.

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